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"LIXO VERDE TOMA CONTA DAS RUAS E CALÇADAS DO BELVEDERE"

"Moradores vêm insistindo em colocar lixo de podas de árvores e jardins em calçadas e em lotes vagos e, até mesmo, adotam alguns pontos para deixar os entulhos verdes que ficam espalhados, interrompem a passagem das pessoas e colaboram para a proliferação de insetos.

 

A Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB) vem solicitando aos com os moradores que façam o envasamento correto de suas podas particulares em sacos plásticos apropriados e os coloquem juntamente com o lixo comum na porta de suas residências para que a Prefeitura de Belo Horizonte, por intermédio da SLU, possa recolher o mesmo. Segundo informou Marco Túllio Braga, presidente da AMBB, a prática de destinação irregular do lixo verde vem sendo feita por vários moradores em pontos específicos, embora a Associação venha solicitando incansavelmente a adoção correta para esse descarte.

O fato é que moradores vêm insistindo em colocar lixo de podas em calçadas de lotes vagos e, até mesmo, adotam alguns pontos para deixar o lixo que fica espalhado, interrompe a calçada e colabora para a proliferação de insetos, como por exemplo o mosquito da dengue. São vários metros cúbicos de resíduos de poda de árvores, como troncos, galhos, folhas e capim produzidos pelos jardins das casas, e que por não estarem acondicionados devidamente acabam sendo esquecidos pela caminhão da limpeza urbana.

“A Associação está cansada de pedir, através de carta destinada aos moradores, para que acondicionem corretamente esse material e não deixem esse lixo em qualquer lugar. Em muitos casos, o descarte é feito por conta própria do jardineiro e o morador nem toma conhecimento de onde o mesmo fora depositado. É preciso acompanhar o serviço não apenas dentro das residências, mas quando da sua destinação correta”, ressalta Marco Túllio.

Pela política de resíduos sólidos determina que a coleta e destinação correta do lixo verde é de responsabilidade de quem a produz. Na prática, o objetivo principal e evitar o acúmulo de material em local inapropriado, além de permitir, através da coleta e destinação corretas, os diversos reusos possíveis para o lixo verde, que ao ser levado para um destino correto é triturado para compostagem e transformado em adubo.

Falta consciência

O JORNAL BELVEDERE identificou vários pontos de descarte irregular de tipos diferentes de lixo, entre eles locais nas ruas José Eduardo Moraes, Zuzu Angel, Carlos Pereira e Celso Porfírio Machado, que vêm incomodando vários moradores. A Rua Regina Márcia Costa é outro exemplo. Segundo a moradora, Terezinha Martins, em apenas um quarteirão são encontrados não só lixo de poda mas também restos de construção. “Pagamos um imposto caro para vermos um lixão em frente às nossas casas. Aqui o acúmulo é grande e o morador tem condição de mandar picar e ensacar corretamente o seu lixo. Embora, o caminhão passe na rua para buscar esse lixo, não existe consciência do morador que insiste em fazer desse local um ponto de descarte”, adverte a moradora. Ainda segundo ela, antes a PBH limpava o local uma vez por semana. Mas, no dia seguinte, os moradores já voltavam com o lixo sem acondicionamento para aquele ponto.

Outra moradora que se mantém vigilante com o depósito irregular é Suely Lages Alves de Brito. Em sua rua, a José Eduardo Moraes, ela acompanha o descarte feito em frente a um grande lote vaizio e murado. “As pessoas entendem que esse é um lugar sem dono e que podem amontoar tudo ali, de acordo com suas necessidades. Vários jardineiros que fazem os serviços de poda em casas das ruas laterais trazem para cá o lixo de até três dias de trabalho. Os patrões estão ausentes e deixam à revelia dos profissionais o descarte de material. E assim, não há um critério. Às vezes esse ponto recebe não só o lixo de poda, mas todo tipo de material descartado”, explicou a moradora que possui vários protocolos de solicitação de atendimento junto à prefeitura.

Garis orientam

Ainda segundo ela, os próprios garis estimulam os jardineiros a fazer a destinação correta. Mas, o fato de se criar pontos de descarte acaba incentivando outros trabalhadores a utilizarem o local para descartar o lixo da residência onde estão trabalhando. Os jardineiros quando são interpelados, prometem trazer o lixo ensacado da próxima vez, o que nunca acontece. Já a prefeitura prometeu multar quem fizer o descarte irregular, porém isso não acontece porque não há fiscalização no momento exato daquela ação.

Suely Lages chegou a distribuir sacos plásticos para que jardineiros ensacassem as podas na calçada de sua rua. Mas, pelo visto a prática não foi totalmente adotada. E o problema está no fato de o morador não ter conhecimento do fato, nem a preocupação com a destinação correta do mesmo. Além de não perceber que o quanto isso é prejudicial à saúde e o bem estar de todos."

Publicado no site Jornal Belvedere, no dia 11 de Agosto de 2016.
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