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A GRAMA DO CAMPUS

Kianne Gomes 

Costumo aproveitar as instalações do Campus UFMG para realizar minhas pesquisas. Durante minhas caminhadas noto a utilização, ou não, dos espaços gramados ao longo do Campus. Apesar de um tratamento similar, os gramados têm características distintas, tanto pelo caráter das edificações do seu entorno, uso acadêmico ou administrativo, quanto pelas condições ambientais de cada localidade, ausência ou presença de sombra.

Os gramados próximos à Reitoria, por exemplo, são muito extensos e impactantes na composição com a arquitetura. Por esse motivo chego a pensar que são inibidores de um potencial uso. Atrelado a isso, a ausência de sombra torna-o um local absolutamente inóspito ao meu ver.

Recentemente em um trabalho desenvolvido junto ao Departamento de Projetos da UFMG, tínhamos uma proposta de implantação de um bicicletário nas unidades do Campus. Ao tentar uma implantação para o prédio da Reitoria, o principal complicador foi como interferir no local sem descaracterizá-lo, descaracterizar sua imagem de grama.

Por outro lado vejo em outras localidades uma presença muito forte de uso. Principalmente nos edifícios onde acontecem aulas. Próximo ao edifício da Música por exemplo, os alunos costumam aproveitar o gramado para testar seu repertório, praticar esportes ou simplesmente descansar. Isso acontece principalmente porque esse local tem condições ambientais agradáveis, como presença de muitas árvores. O mesmo não ocorre por exemplo no edifício da FACE, onde há um longo gramado totalmente exposto ao sol.

No contexto do Campus, o principal fator que possibilita o uso é a presença de sombras. O tratamento dado aos gramados é fundamental para permitir seu caráter inibidor ou não.

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